sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vale tudo, alma imensa

Mudar é pra mim uma necesidade, assim como estar só.
E não falo apenas mudar, eu mesma, internamente, mas me mudar, locomover, achar novos espaços, novos rumos.
Quando me mudo, de certa forma, conjugo ambos, estou "só". Deixo de ser aquela que "era" até então, pela rotina, pela conveniência, pelos vínculos já estabelecidos.
Vêm com a mudança a possibilidade de se reinventar: novas posturas, novos rostos, reescrever nossa história, cruzar, entrelaçar-se na história alheia, coexistindo ad infinitum...
Quando começo a perceber a cidade encolhendo ao meu redor, as ruas diminuindo, as pessoas chegando perto demais, tudo sendo por mim mais conhecido que explorado, aquele olhar de curiosidade transformando-se em tédio, preciso me mudar! Senão, passo a existir burocrática, claustrofobicamente.
E, de qualquer forma, o mundo é grande demais! Estar em um lugar só, o resto da vida, não deixa de ser uma certa ingratidão por tudo que nos foi oferecido por aí.
Estar em um só lugar é ser muito pouco. Já me basta ter que caber tudo que há em mim em 1,73m.