quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Dream on. Dream over.

e a arte... sempre falando por nós...

Quanto pode viver
Por ser passado?
Quem me pode dizer
Se é errado
Só não tente esconder
Os vestígios deixados
Por todo o seu caminho
Como posso sentir
Não ser amado
Quando vejo você
Bem ao meu lado?
Como posso te ter
Se ao menos posso me ter?
Medo
Quando quis você em segredo
Escorrendo pelos dedos
A idéia de ser... perfeito
Te- lo
Como quase um castigo
Quando vejo os vestígios
Do passado que te fez
Como posso viver sem ser errado?
Como irei aprender
Sem ter passado
Como posso me ter junto ao teu lado
Com mais um milhão de pessoas?
Quando irei entender o seu traçado
Quando a vida nos fez tão mal amados?
E os vestígios talvez
Tenham sido traçados... só pra mim
Pra que fugir?
Pra que voltar?
Pra que mentir?
Pra que... amar?

(Vestigios - Anacrônica)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Encardida

"EU só sei que quando QUERO
exagero esforços em TER,
por mais QUE seja dificil a CAMINHADA,
não vejo PARADAS em meu seguir" (DAN)

... mas... quando eu não quero... FAVOR, NÃO INSISTIR!
Pela atenção, obrigada!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Biosfera

Sou um bicho do mato, acuado, desconfiado, arredio ao contato.
Ando sorrateiro, me desviando dos gravetos que facilmente se quebram, inúteis obstáculos, para não fazer barulho e passar despercebido.
Não quero ter presa, não quero ser presa, não quero ter pressa.
Às vezes, me vejo paralisado, enclausurado, encasulado, esperando o momento de sair incólume, irreconhecível, distraindo com minha aparência externa, àqueles que apenas a isso querem enxergar e nada mais.
Sou um animal marinho, calado, sozinho.
Fujo assustado, em disparada diante do inevitável, do remoto, da repetição.
Sou um molusco, ápode, atado, carregando minha casa, na qual me amparo ante rotinas e contradições.
Tenho minha ostra, sem pérola, sem nada, casa vazia, só eu e minhas quinquilharias, algumas com sentido, lembranças e saudades, outras somente pra compor o espaço, abafar o eco do meu reduto, meu mundo, meu quarto.
Dentro de mim, às vezes grito, às vezes calo. Espaço seguro.