sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Futuro

UM DIA DISSERAM QUE O MUNDO MUDARIA DE COR,
E VI NOS TEUS OLHOS AS CORES QUE ESCOLHI PARA ORNAR OS MEUS DIAS.
E QUERO FAZER DOS SEUS LÁBIOS UMA PONTE
ENTRE MEU SER E O CÉU PINTADO DE AZUL
PELOS OLHOS CASTANHOS QUE ILUMINAM MEUS DIAS POR AQUI
NESSE FRIO DE AGOSTO.
E QUANDO SENTIRES VONTADE EM COLHER DE MIM O MEL
VENHA AOS MEUS APOSENTOS
E FAÇA DA MINHA VIDA, NESSE INSTANTE, O QUE QUISER
POIS, O PERTENCIMENTO É MOMENTÂNEO
E DE MIM TENS O AGORA
O AMANHÃ, AINDA TEMOS QUE CONSTRUIR.

(Dan)

Passado

Me vejo sempre a duas quadras da felicidade,mas sempre perco o caminho na esquina
e dou voltas e voltas em minha pequena cabana de alma.
Não dá para viver assim, não escolhi essa vida de migalhas,
nem essa falsa mortália de lágrimas que trajo diariamente.
Quando anoiteço não tem luar em meu céu nem amplidão nas minhas carnes,
o que tenho é falta, é miséria cravada
sobre a pele enrrugada da água que jorra dos meus olhos insanos.
Quando escureço, perco os sons de alegrias que cultivei no verão
deixo sumir minhas imaginaçõese
salto do 10° andar dos meus sonhos.
Deixo essa carta para que quem ler, não se esqueça das minhas andanças,
lambanças de menina saudosista
que pensa ser sambista de um enredo fúnebre,
chamado Fim de Linha.

(Dan)

Presente

POSSO ATÉ IMAGINAR DIAS MELHORES
SEM LÁGRIMAS, NEM JANELAS FECHADAS.
ATÉ DIAS COM SORTE E CORTES MENORES NA ALMA.
SENTEI-ME À ESCRIVANINHA E DEDIQUEI ALGUMAS PALAVRAS
AOS MEUS MOMENTOS AGORA VIVIDOS, RESSEQUIDOS DE PAIXÕES FLUENTESE
O QUE SENTES ME INTERESSA.
ENQUANTO ME PERDIA A OLHAR SINAIS DE FOGO NOS CÉUS
ENTENDI A MÁGICA DA FALTA,DA MISÉRIA, DA SAUDADE.
CADA UMA DE MINHAS DIVAGAÇÕES TEM UM LUGAR RESERVADO
EM MEU DIÁRIODE BORDO,QUE FICA SEMPRE AO LADO ESQUERDO DE MINHA CAMA
À ESPERA DE MAIS UMA DESILUSÃO
PARA QUE FINALMENTE APAREÇA
E SE FAÇA PRESENTE EM MINHAS NOITES SEM FIM.

(Dan)

Vale tudo, alma imensa

Mudar é pra mim uma necesidade, assim como estar só.
E não falo apenas mudar, eu mesma, internamente, mas me mudar, locomover, achar novos espaços, novos rumos.
Quando me mudo, de certa forma, conjugo ambos, estou "só". Deixo de ser aquela que "era" até então, pela rotina, pela conveniência, pelos vínculos já estabelecidos.
Vêm com a mudança a possibilidade de se reinventar: novas posturas, novos rostos, reescrever nossa história, cruzar, entrelaçar-se na história alheia, coexistindo ad infinitum...
Quando começo a perceber a cidade encolhendo ao meu redor, as ruas diminuindo, as pessoas chegando perto demais, tudo sendo por mim mais conhecido que explorado, aquele olhar de curiosidade transformando-se em tédio, preciso me mudar! Senão, passo a existir burocrática, claustrofobicamente.
E, de qualquer forma, o mundo é grande demais! Estar em um lugar só, o resto da vida, não deixa de ser uma certa ingratidão por tudo que nos foi oferecido por aí.
Estar em um só lugar é ser muito pouco. Já me basta ter que caber tudo que há em mim em 1,73m.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Meia Palavra

Eu não diria tão bem... tão certeiro... tão igual...

PELA FORÇA DOS SEUS OLHOS
IMAGINEI MUITAS LÁGRIMAS IRROMPIDAS
PELA DOR DA PERDA.
E, NA VERDADE, ERAM APENAS REFLEXOS DO FLASH DA MÁQUINA
INCIDINDO SOBRE TEUS ARGUTOS OLHOS.
TANTAS VEZES PENSEI EM NOSSO ÁLBUM, UM CASAMENTO DE SONHOS
ENTRE MINHA ALMA E TUA POESIA
MANIFESTADA PELA PELE LUMINOSA DA CRIANÇA QUE REPOUSAVA EM MEU COLO.
E SOMENTE TENHO TUA CARA AMARRADA
EM FOTOS ESMAECIDAS PELO TEMPO QUE NÃOVOLTA.
VIVO A PLANEJAR NOSSA SALA PARA ESTARMOS JUNTOS.
E ME DEPARO COM O PORTA-RETRATOS VAZIO
A ESPERA DA SUA IMAGEM QUE GUARDEI TÃO BEM EM MINHA MEMÓRIA.
E ME ESQUECI DE MATERIALIZÁ-LA EM MINHA VIDA.

(Dan)

Pare! Olhe! Leia! Siga!

PARA CADA OPÇÃO, UMA CLAUSURA
PARA CADA DOR, UMA CURA
PARA CADA SENTIMENTO, UMA PURA E SINCERA AMARGURA
PARA CADA PARADA, O TÃO SONHADO DESCANSO
PARA CADA CAMINHADA, A MAIS VERDADEIRA CERTEZA DA PARTIDA
PARA CADA CENTÍMETRO PENSADO, UM PECADO QUE MORA AO LADO
PARA CADA PALAVRA SUSSURRADA, UM ARREPIO NAS ENTRANHAS
PARA CADA SIM PERDIDO, UM DIA DE MARTÍRIO
PARA CADA NÃO PROFANADO, UM VAZIO IMENSO A SER ENCONTRADO
MAS, PARA CADA DIA VIVIDO, UM ELO A SER DIVIDIDO, E AMADO.

(Dan)

Me conhece mais que eu mesma sei...

Olha só o que eu ganhei! Mais uma!

UM MINUTO APENAS
E POSSO OUVIR UM PEITO GRITANTE
ARFANTE DE DESEJOS MEUS
QUE NEM CONSEGUEM MAIS INSTAVELMENTE VIVER.
E QUEREM A LOUCURA DAS ORGIAS
E QUEREM A DOÇURA DAS ALEGRIAS DE FESTAS INFANTIS
E QUEREM A CANDURA DAS PRIMAVERAS TÃO VIRIS.
DE TANTO VIVER SOZINHO
ME ACOSTUMEI A ME FAZER CANTADAS
PALAVRAS ESCOLHIDAS A DEDO
A SEREM DITAS AO ESPELHO
E FORTALECER UM "EGO' CRIANÇA
QUE SONHA EM SER HUMANO E MENOS "DEUS".
ENQUANTO NÃO CONSIGO VERTIR-ME COM TAMANHA FORÇA
PENSO AINDA SE VALE A PENA
ANDAR POR ENTRE A GENTE
E PARECER COM ELAS.
(ME FEZ LEMBRAR VOCÊ QUANDO FIZ - DAN)

Qual é a música?

É, eu ando musical.
Música é algo que me faz pensar, respirar. A medida que canto junto, é como se pausas fossem dadas nos meus pensamentos. Pare. Ouça. Pense.
Às vezes, parece que o cara escreveu aquela letra toda pra mim; outras tantas, apenas algumas frases, algo que possa ser decodificado através das palavras, ali, encadeadas.
Me ajudam muito em meus dias maus, dias de mau humor, dias de solidão, fundamental para que eu esteja viva.
Minha vida tem uma trilha sonora que não divido com ninguém, algo muito particular, de momentos e pessoas que não passaram despercebidas.
É... quem canta, seus males espanta mesmo.

sábado, 23 de agosto de 2008

Diagnóstico

"A pele, é a superfície mais profunda em nós". O invisível é o que de fato toca o corpo, os órgãos, e produz nele a sensação de vida.
Presença é alma, não é corpo. Corpo sem alma é morte.
A presença se dá pelos olhos. Só assim as almas conseguem se comunicar.
Hoje, sou só corpo, só órgãos.
Não tenho olhos, não tenho cara, não tenho chão.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Édipo Rei, Édipo Príncipe!

E essa angústia?
E essa gastura?
Essa freqüente inadequação!
E esse delírio?
Essa vassalagem?
Essa eterna compensação!
E esse Outro?
Essas amarras?
Essa constante repetição!
E essa culpa?
E essas chantagens?
Sentimento de inibição!
E essas lembranças?
E esse sintoma?
Essa contínua solidão!
E esse fardo?
E esses ganhos?
LIBERDADE! AINDA QUE TARDIA!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Linhas tortas

Escrever é perpetuar-se, ir além de onde os braços alcançam, de onde os pés poderiam chegar, despir a alma, depois de materializá-la.
Escrevo porque me acalma; escrevo para que, eu, aqui dentro, consiga fazer silêncio.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Maomé e os Alpes

A fé remove montanhas, dizem que é o que a fé faz.
Me sinto fraquiiiinha nessas horas, incapaz mesmo.
A sensação que tenho é que a minha nunca basta pra atingir alguns picos.
Ainda que eu saiba que não dependa da gente pra que Deus haja, parece que sempre queremos dar "uma forcinha" pra Ele, sermos bonzinhos, dar satisfação.
Na real, pra maioria das coisas isso nem pega, só praqueles projetos guardados, escondidos, daqueles que temos medo de comentar até com a gente, pra não duvidar mesmo, porque são a parte essencial de nós mesmos, não queremos ter que seguir sem; queremos a vida a partir deles.
Gela a espinha de imaginar que eles podem não acontecer! A sensação de incerteza e impossibilidade de sonhar.
Sonhar custa muito sim! Custa exercitar minha fé, custa conviver com a ansiedade, custa convencer o medo que a gente não combina e que ele tem que se retirar.
É... é seguir movimentando montanhas, ainda que elas não venham até mim.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Gente Babaca: Passe adiante!

Cidadania, a gente vê por aqui!

Nobel

Preservem o verde! Salvem as baleias! Não coma carne!
Slogans hoje não faltam... mas, uma questão de saúde pública de preservação da espécie, de delimitação da boa convivência, que poucos comentam, tamanho o tabu: TER NOÇÃO!
Reparou como hoje falta noção? Quando você pensa: "Geeeeeenteee! Seráááaáááá??????" Pode estar certo! Alguém já fez e acha isso suuuuuuupeeeeeer normal e adequado!
Eu sempre digo que, para mim, a pessoa não precisa ter BOM SENSO, sendo SENSO, só ele, já está ótiiiimooo!
Pena eu não ter tecnologia... pena não ter capital de giro... cápsulas de noção...
Vou procurar o SEBRAE!

domingo, 17 de agosto de 2008

Fazer "a Social"

Não sei! Não quero saber! E tenho raiva (Siiiiiim!!!!) de quem sabe!

PS: É Camis, não sentimos muito!

Movimento Punk - 2008. NÃO VÃO ME CALAR!!!!!!

Venho manifestar meu repúdio a atitude social de discriminação ao movimento punk.
Desde de sua criação, o movimento vem sendo tratado com repulsa, como baderneiros e rebeldes “sem causa” (seráááá????), justamente por se contrapor a regras que asseguram papéis frágeis e sustentam o status quo.
Não por acaso, devido a uma prática aviltante, associou-se a imagem punk a tudo o que é desagradável e agressivo, codificado pela expressão: É PUNK!
Já é hora de um posicionamento, pois nem todo punk é baderneiro, nem todo punk é agressivo, nem todo punk é desagradável. Como em todo grupo há estes categorizados, porém o estigma traz a marca associada a este estilo de vida e posicionamento com relação ao mundo.
Aliás, os noticiários comprovam, a incidência deste tipo de comportamento em punks é muito menor que entre pit-boys, mauricinhos, agroboys, todos apreciadores de um estilo de vida/música: o FUNK!
Não, não falo do bom funk, com grooooove, sonoridade tão boa quanto a das bandas punks, mas do pancadão (olha o nome! Que violêêênciiiiaaaa!), aquele mantra carioca que gruda na cabeça sendo quase necessário a ingestão de boa música por via endovenosa ou uma incisão cirúrgica para tornar-se novamente um cidadão capaz de executar suas atividades diárias.
O punk, bem como “os mano” do rap, ataca apenas ao sistema em suas letras, enquanto que no funk somos presenteados com manifestações afetivas baseadas na fauna, desqualificando o melhor amigo do homem, além de descrições da vida sexual alheia com riqueza de detalhes, permeadas por práticas perversas, psicanaliticamente falando, persuadindo indefesas criancinhas em programas de auditório (alguém já viu criancinhas no pátio da escola ou em auditórios televisivos pogando ao som de Ramones? Mas, festas escolares com funk muita gente já viu... criança não tem malícia?? ahahuahuauhauh Vai fazer análise, depois a gente conversa...)
Sim, cada um vive sua vida como bem entende, porém não é possível concordar com estigmatizações e inverdades associadas a pessoas que nada tem a ver com o pato, enquanto que outros, gozam a vida em paz e liberdade por aí, descendo até o chão! Nem os pobre EMO, movimento pacífico e emotivo, goza de tamanho prestígio social (Calma, não choreem! Vai passar!)!
Ok, ok, pode-se ainda argumentar:
MAS, ELES PASSAM OVO NO CABELO!!!! BLARRRGH! Mas, é no seu cabelo? Saibam que muitos passam sabonete e fica cheirosinho... huuuuum!
MAS, ELES SE BATEM ENQUANTO DANÇAM!!!! MEU DEEEEEUUUUS!! Além de ser entre eles mesmos, tente dançar ao ritmo punk coladinho, como bolero, depois você me conta...
MAS, ELES USAM ROUPAS PRETAS, TACHAS, TATUAGENS, PIERCINGS... SOCOOROOO! Sim, mas devemos acordar que tatuagens e piercings já não são mais novidade pra ninguém e que o senso estético é muito melhor que os observados por aí, com peça que não oooorrrrrrna uma com outra... nem preciso dizer onde, preciso?
MAS... MAS... ELES BATEM EM METALEIROS E EMOS (Não choreeeem! É apenas uma suposiçãoooo!!)!! Bem... mas, aí.... e isso também não vem ao caso agora!
O que vem ao caso é que gostando ou não seja da música, dos adjetivos, sendo ou não um potencial contorcionista para o Cirque de Soleil descendo e subindo ou de saber como o fulano pega a fulana (sim, o fulano e a fulana, afinal, o funk não é um movimento politicamente correto. Já ouviu funk GLS?) SOMOS OBRIGADOS A ESCUTAR, nas ruas, nas lojas, no ônibus, nos estabelecimentos comerciais, em casa ao ligarmos a TV ou através do vizinho animadão.
Não há mais argumentos plausíveis que sustentem a conivência com a reprodução da expressão É PUNK! como algo terríveeeeel!!!! Não podemos mais nos calar!!!!
Dessa forma, o movimento PHCS (Punks, Hard Core e Simpatizantes) vem propor a instituição da expressão É FUNK! para toda e qualquer situação que cause ojeriza, repulsa, agressiva, de baixo nível, enfim, “disgusting” como bem temos visto representado por aí.
Hey Ho! Let´s go! 1, 2, 3, 4: ÉÉÉÉÉÉ FUUUUUUUNK!!!!!!!!!!

PS: Este post já existia. Foi atualizado devido a meu estado de choque ao conhecer um grupo de funk feminino "Gaiola das Popozudas". PROIBIDÃO! PROIBIDAÇO!!
Tipo, eu ainda não tenho opinião formada. Mas, inevitável ter certeza que o fim do mundo é logo ali!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Adams ou Camila, eu também não sinto muito!

No chiclets... Lélia Reis Adams!
Há uma fantasia de que Mortícia Adams só é o que é por minha causa.
Não é apenas a arqueada de sobrancelha, e nem o Jack Nicholson (que puxa...), mas, pelo meu jeito de ser. Calada. Na minha.
Sou considerada fria, gélida, icebérguica, apenas, porque não tomo pra mim o que não é meu. Não me alio à histeria alheia, não tenho pena de quem faz da história trágica meio de vida.
Logo eu, que tenho o útero maior que o coração, que me indigno com a injustiça até com quem não conheço, que não resisto a uma pessoa querida com voz trêmula, do outro lado da linha: "Você tá ocupada? Pode conversar?"
Amar não é melar, não é falar no diminutivo, não é ser legal quando tudo vai bem! Amar é saber olhar nos olhos, é ter ombro para amparar também uma cabecinha feliz, ter um silêncio acolhedor quando tudo desabou, falar tudo sim (!!!), mesmo que não haja, no momento, escuta, é saber respeitar a necessidade de solidão do outro, entender que discordar é possível.
Mas isso, é só pros que vêem além da tela.
The End.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Quer pagar quanto?

Sustentar escolhas não é fácil... exige renúncia, preço, exige decisão de existir.
Tem gente que não compra a felicidade, mas hipoteca, penhora, exige uma renda mínima, mas fixa de um investidor. Investidor de afetos, um especulador. "Você decide o que será de mim..."
Um ato de coragem.
Eu, creio que já fiz, quando, por hora, optei abrir mão de mim, crendo que eu não era lá uma boa estratégia.
Mas, o penhor foi resgatado. O preço não era justo. Pouco demais. A jóia é de família!
- Te deram recibo?
- Não! Me dá é vergonha!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

05/5/07

SP. Virada Cultural.
Noite linda, lua cheia de estar sumida! Ela que costuma estar sempre atarefada, escondida, como todo paulistano, aprumou-se toda e deu as caras.
Racionais. Praça da Sé.
Mar de gente. Nenhum amigo encontrado, os com quem fui, perdidos.
Sufoco. Aperto. Pânico.
Senti na pele ser mais uma, o peso de se ver comprimido, de sequer ter um RG. Ali, de nada adiantaria, o território não era meu. Praça da Sé é território de indigentes, de rostos, de multidão que se vai. Me desterritorializei, me desmaterializei... sensação de finitude, quase desmaio.
A polícia não se aproximava, recuada, e eles chegavam, aos montes, nas "bancas". Milhares, como um enunciado, um grito, conclamando o gueto. Responderam, aos milhares, 200.000.
Estrelas da noite de uma lua linda, não havia espaço para nós, os inseridos, os "da sociedade", tá ligado?, era uma noite "marginal". Ali, tão perto de nós, mas visivelmente distantes, a exclusão materializada em nossos corpos, roupas, jeito de andar, traços. O ódio não encontra palavras, basta um olhar.
Éramos invasores, fomos convidados a nos retirar. A pé, cabeça baixa, tomamos nosso rumo, voltamos de onde não fomos chamados.
Mas, a esmola, ali, na porta da igreja, era muita. Chegaria a hora de retomarem, de destitui-los daquele reinado de uma noite, onde, o palco era o público, era o gueto, era o indigente, e o Estado, no pouco que ainda lhe resta e do qual ele não arreda o pé, se incumbiu de colocá-los em seu lugar, o lugar que lhes é destinado: exclusão, espalha a multidão, nada de diversão, vocês nada valem, vocês não se adequam, não sabem se comportar.
E de lá, de seu território, uma força de resistência no coração da cidade, foram expulsos.
Tiraram o palco da Sé. Tiraram a periferia do centro, ali, nas barbas de Deus. Sem ritmo, sem poesia.
Olhai por nós!

sábado, 9 de agosto de 2008

Open Document

Há pessoas para se detectar e reparar:
observa-se o cabeçalho e rodapé, não necessariamente nesta ordem;
observa-se a referência,
observa-se a data e hora.
Na convivência, é que a gente percebe:
Se reseta;
se reinicia;
se pifam nosso Hd;
se troca-se o processador;
se abre-se uma nova pasta;
se renomeia-se;
se trazem vírus;
se deleta-se;
se são Page Up;
se são Page Down;
se deixa-se em Stand By;
se muda-se a fonte (mais ou menos cor... tudo depende...);
se tem recuos;
se são justificadas ou se vêm com justificativas;
se são centralizadas;
se observa a impressão;
se são para substituir ou substituídas;
se vão para...;
se recorta-se;
se se cola (ou se a história cola...);
se nos copiam;
se seleciona -se tudo;
observa-se o layout;
se são personalizadas;
verifica-se o idioma, a ortografia e a gramática;
se abre-se ou fecha-se a janela;
se divide-se;
se organiza-se tudo;
se é para ajudar e para pedir ajuda;
Aí, a gente decide:
se este programa realizou uma operação ilegal e deve ser fechado;
se se salva;
se salva como (?);
nas minhas imagens?
Meus arquivos recebidos?
Área de trabalho?
Favoritos?
Pasta oculta?
Manda para lixeira ou exclui da lixeira?
Enfim, a pergunta de todo momento decisivo:
DESEJA SALVAR AS ALTERAÇÕES DO DOCUMENTO?

Burocracia

detesto, não entendo, paralizo. Uma secretária URGENTE!
Questão de saúde mental!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Insight: Kiwi

1. não é qualquer um que tem acesso (como as laranjas...)
2. estranho por fora, a primeira vista nada simpático, mas quando se conhece,de fato, percebe - se que é liindoo por dentro (ao contrário das maçãs...)
3. ou se ama, ou não se gosta (o que não é o caso das uvas...)
4. não é algo para todos os dias, mas é sempre muito bom quando se tem (não é a mesma sorte das bananas...)
5. uns dias super doce, em outros, super azedo (nada a ver com as melancias...).
Qualquer semelhança, é mera coincidência...

PS: Este é um post independente e criado há muito tempo atrás. Qualquer semelhança com a onda de "mulheres quitanda" é mera e infeliz coincidência!

Expectativas

... o mal do mundo.
A cada dia tenho mais certeza disso. O grande problema das pessoas, das relações, da convivência são as expectativas.
Enquanto a pessoa não se dá conta de quem você é de fato, tudo vai bem! Enquanto ela está embuída de suas próprias certezas a SEU respeito, enebriada com a pessoa que ELA criou e que nem de longe é você.
(Aliás, um super desrespeito isso... invasão total de privacidade. Deveria dar cadeia!)
Enfim, quando você se mostra, do modo como quer ser, ou, pelo menos, como dá conta até então, aí basta! Você a enganou! E tem que dar conta disso!
Sinceramente... fiado, só amanhã!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Simples assim...

Há coisas que a gente pensa, ora, paga o analista, se resigna, mas, apenas os poetas conseguem explicar...
Entreato
O QUE SEI É QUE HÁ EM NÓS UMA INTERRUPÇÃO,UM VÃO QUALQUER QUE NÃO NOS PERMITE SOBREVIVER JUNTOS.UM ESQUISITO TEATRO EM QUE SOU O PRIMEIRO E VOCÊ O SEGUNDO ATO. VIVENCIO AS SUAS ALEGRIAS DA COXIA, NÃO POSSO ATUAR JUNTO,OU POR FRAQUEZA SUA,O POR INÉRCIA. NÃO CONSEGUES ENXERGAR EM MIM SOBRIEDADE, POIS A MINHA VERSÃO HUMANA É DESGARRADA, DESABITADA DE MATÉRIAS COMPLETAS. E ASSIM VIVEMOS, NUM ENTREATO ETERNO, ENQUANTO UM ENTRA EM CENA O OUTRO PROCURA A SAÍDA DE EMERGÊNCIA,COM MEDO DO QUE PODE DEIXAR DE ACONTECER. (Dan)

Turbulências

Olha, não sei de nada, não! Não me pergunta, porque não sei!Daqui um mês, pode ser, só sei que, por hora, tá difícil, tá confuso, tô sem chão...

PS: avião. A montanha russa mais cara que já andei...