terça-feira, 3 de novembro de 2009
Eu
3+1s se relacionam bem com machos, principalmente os AMIGOS. Tem grandes problemas com outras fêmeas no bando, principalmente, se elas agirem como fêmeas. Fêmeas em bando também são inimigas naturais de 3+1.
3+1s interagem com machos acima de 1,70m, importante a presença de pêlos, chamada vulgarmente de barba, na face. Há também um componente fundamental: banho, comum em espécies de paises tropicais.
Machos que se relacionam com 3+1, como estratégia de defesa e interação também foram evolutivamente selecionados nos seguintes aspectos: inteligência, senso de humor ácido e "pegada".
Há, porém, um tipo de macho com o qual 3+1 não tem boa convivência. Uma espécie híbrida, conhecida como HOMEM BANANA. Pesquisas comprovam que esta espécie, ainda que macho, não possui uma caracteristica fundamental que é ATITUDE, o que afasta rapidamente espécies de 3+1.
A principal presa de 3+1 é uma espécie esquisita de animais oportunistas. É comum ver ataques de 3+1 a bandos desses animais e impressiona pelo grau de violência e ferocidade. E sem sujar as mãos!!!
É possivel amansar 3+1s, há relatos de convivencias com humanos, sendo avessa a pessoas que não conhece, e também às do tipo burro, chato e folgado. Isso se dá também com espécies com as quais ela convive, em geral.
3+1s FOGEM sob qualquer ameaça de carências, perguntas, mãos na cintura, ciúmes, grude e bjmeligalogo!. Outro traço interessante é sua apatia diante de comportamentos de vitimização, vulgarmente chamada de Síndrome do Coitadinho, esquivando-se.
3+1s odeiam clima frio, e migram em época de verão para o litoral brasileiro.
Uma forma fácil e simples de espantar 3+1s é ouvir próximo ao local onde ela se encontra forró, reggae, arrocha, sertanejo. Para aproximá-la e acalmar, é só ligar um rap ou punk rock.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
So real
True Faith
New Order
Composição: Hague / Gilbert / Morris / Summer / HookI feel so extraordinary
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
I don't care 'cause I'm not there
And I don't care if I'm here tomorrow
Again and again I've taken too much
Of the things that cost you too much
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...
When I was a very small boy,
Very small boys talked to me
Now that we've grown up together
They're afraid of what they see
That's the price that we all pay
Our valued destiny comes to nothing
I can't tell you where we're going
I guess there was just no way of knowing
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...
Something's got a hold on me
I get this feeling I'm in motion
A sudden sense of liberty
The chances are we've gone too far
You took my time and you took my money
Now I fear you've left me standing
In a world that's so demanding
I used to think that the day would never come
I'd see delight in the shade of the morning sun
My morning sun is the drug that brings me near
To the childhood I lost, replaced by fear
I used to think that the day would never come
That my life would depend on the morning sun...
sábado, 19 de setembro de 2009
1, 2, 3, 4!
E foi assim, aceitando o convite, que a cadência se iniciou, mas no percurso, o descompasso, o desenlace, o fim da estrofe, mal iniciada, que não deu em música, não deu em nada.
Você me prometeu um reggae. Logo para mim, que sou hard core, eternamente punk rock. Faça você mesmo, três acordes e nada mais.
Ainda assim, aceitei acompanhar, para ver se, de repente, faríamos nosso trip hop, fosse onde fosse, nosso eterno momento lounge.
Mas, virou metal: melódico sim, mas estridente, solos intermináveis, virtuose demais para mim.
Antes que me mate, por favor, melhor terminar!
domingo, 30 de agosto de 2009
Para uma amiga com dor no coração
E eu te digo, minha amiga, uma vez aqui, não temos para onde correr. A gente bem que tenta encontrar formas de driblar toda essa loucura, essa dor, a gente acredita numa tal felicidade e passamos a brincar com ela de esconde-esconde, às vezes a gente parece que achou, ela parece estar em algo, outras vezes em alguém. No alguém, parece que quando ela se esconde e vai embora dói mais...
Aí, a gente fica cheio de perguntas - sim! Porque a felicidade só chega, mas não traz respostas - será que a pessoa vai embora porque quis, ou a felicidade é que a levou, porque não suporta estar parada? Será que ela, sedutora que é, chamou o outro, lá de longe, e ele, enfeitiçado, vai e nos deixa assim, leva um pedaço da gente, pedaço onde ela parecia se encaixar.
Cazuza já dizia que amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu. Penso que ele falava dessa tal felicidade e não do amor... porque acho mesmo que a gente quer a felicidade porque viver é difícil demais.
Mas, ainda assim, não há o que você faça, não há o que você seja, não há como voltar no tempo que correu. Quando alguém decide ficar com você, ele abre mão da felicidade, porque conviver, VIVER COM, é ir para o real e sair da ilusão. Então, tem compensações, mas não a felicidade.
Pena que, por acreditar nisso, a gente abra mão de si, abra mão do outro, e acha que é infeliz e por não ter feito o outro feliz é que ele se foi. Amar é uma escolha e, como toda escolha, precede uma renúncia. Não há como amar e não abrir mão de um leque de convicções, certezas, concessões, manias, erros, defeitos, que por aí vai e se abre e se concede todos os dias ao outro o direito de ser ele mesmo, ainda que você quisesse, sentisse ou achasse de outra forma
Então, fique tranquila! Ele foi porque quis, e se, ele perceber que a felicidade não existe, talvez ele volte. Volte pra dizer que quer sim, uma vida com você, do seu jeito, do jeito dele, como der pra se arranjar, apesar de tudo, apesar de vocês e que, se a felicidade quiser, ela pode fazer parte, mas não ser condição. Aliás, que não haja nenhuma condição, mas haja mesmo amor.
Amar é o APESAR DE, como eu, sua amiga, te amo, mesmo que muitas vezes não concorde, mesmo que em outras não aceite, mesmo quando você me irrita. Aí é que te amo mais, te amo porque você é humana e isso me torna próxima a você e consigo, pacientemente esperar suas mudanças, caso você decida por fazê-las, e não achar que perdi tempo, porque sua essência é o que, de fato, me importa.
Amar é mais saber o momento de deixar o outro ir do que estar com ele, essa é minha frase mesmo e é só o que posso te dizer por hora.
Independente de quem vá ou fique, eu tô aqui, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe.
Fique bem!
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Ah! Eu já sabia!!!
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Everlasting Love
Nos dizem que, por exemplo, que temos que ser felizes e que não seremos felizes sem alguém.
E vamos nos adequando, de maneira inadequada, sem nenhuma pretensão maior que o desejo de sermos felizes, simplesmente porque escutamos, porque aprendemos a identificar comportamentos que nos disseram ser manifestações de um sentimento bom e necessário para a tal felicidade, aprendemos a não perdoar quem não demonstra tais afetos nos moldes assim definidos. Aprendemos a esperar o amor, nos apaixonando, como condição e prerrogativa.
Nós, na verdade, não. Nunca me apaixonei, e não sendo eu um padrão para muitas coisas, criei paixões para mim, acreditei nelas, mas, inadequava-me também, na maioria das ocasiões.
Sim! Aprendemos a fingir paixões para nos adequarmos...
Porém, quando o sentimento em nós está para além das convenções, uma calmaria aqui no peito serve de bússola indicando que o caminho é esse mesmo, ainda que o tempo feche.
Vejo a paixão como um sentimento caprichoso e egoísta, cheio de impurezas com o qual as pessoas se contentam, na busca de algo que traga um sentido para suas vidas, disfarçado da tal felicidade. Há quem perca a graça da vida sem se apaixonar, há quem viva de paixões como necessidade, forma de se manter vivo, esquecendo-se de si e do outro, ainda que pareça o contrário.
A paixão existe para a gente não sucumbir. Não aprendemos a amar e a aceitar o amor, em estado puro, etéreo, desmaterializado, despersonificado.
O amor em estado puro, mais que aproximar os corpos, afasta, pois não é pálpavel. Amar é aceitar mais a hora da partida que da chegada. Às vezes, é tanto amor que o corpo não aguenta e na sua ausência, o amor se faz presente.
É muito sentido, pouco corpo, poucas palavras. Não dá mais!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Ao bom entendedor
"Não me faça nenhum favor
Não espere nada de mim
Não me fale seja o que for
Sinto muito que seja assim
Como se fizesse diferença
O que você acha ruim
Como se eu tivesse prometido
Alguma coisa pra você
Eu nunca disse que faria o que é direito
Não se conserta o que já nasce com defeito (tipo.. oi? VOCÊ, É CLARO!)
Não tem jeito
Não há nada a se fazer
Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva
Mesmo que eu pudesse conviver com a minha dor
Nada sairia do lugar que já estava
Não seria nada diferente do que sou
Não quero que me veja
Não quero que me chame
Não quero que me diga
Não quero que reclame
Eu espero que você entenda bem
Eu não gosto de ninguém"
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Abiose
"às vezes o mundo todo é tão idiota, guiado por gente cafona, passive-aggressive, materialista, cujo máximo de inteligência que consegue alcançar é ouvir uma música do seu jorge e achar roots pra caralho, gente que enquanto cheira sua carreirinha arrota felicidade e olha pros outros se achando muito mais, covardes que batem e fogem, que não suportam o sucesso alheio, não suportam o amor nos olhos dos outros, não conseguem. porque não têm em si, dentro de si. e o que não se tem não se pode ver fora, já dizia gianna gianni, minha professora de linguística quando explicou que os esquimós sabem nomear não sei quantos tons de branco. porque têm, porque vêem... " (Lele Siedschlag)
domingo, 2 de agosto de 2009
Anos Luz
Principalmente, da adolescência indo lá pelos 20 anos, sentimonos onipotentes e capazes de tudo, controlar o mundo, resolver problemas, ou, simplesmente, minimizar seus efeitos.
Com o tempo, entendemos que os ossos são frágeis, que a palavra é concreta, que as consequências, mesmo não imediatas, tem um peso que nem sempre compensa carregar.
E aí, você não se atém só ao tempo, você vê também as distâncias, os caminhos a percorrer, de quem quer, de fato, estar perto e começa a perceber que não basta ter a alma grande e que não é apenas o crime que não compensa.
O que importa mesmo é que as distâncias sejam curtas e os abraços sejam longos...
terça-feira, 16 de junho de 2009
Balanço
Dias passam num cinza cinzento
Chuva escassa do fim de novembro e eu...
Não sei mais o que pensar
Todos sabem que a culpa foi sua
Quantos cabem nessa sala escura e eu...
Não quero mais estar aqui
Quantos donos têm a verdade?
O que se pode manipular?
O que eu sei e você também sabe?
O que é que os outros vão pensar?
Vão pensar, vão pensar...
Dias noites, culpas e medos
Nas tuas mãos todos os meus segredos e você...
Diz que confia em mim
Tragédias, comédias tudo em questão
Ouço as batidas do meu coração e você...
Será que também sente?
E agora a culpa é de quem?
Todos estão certos e errados
Até que ponto você pratica o bem?
Até que ponto é bom estar ao teu lado?
Ao teu lado, ao teu lado, ao teu lado...
Quantos donos têm a verdade?
O que se pode manipular?
O que eu sei e você também sabe?
O que é que os outros vão pensar?
Vão pensar, vão pensar...
Dias passam num cinza cinzento
Chuva escassa do fim de novembro e eu...
domingo, 7 de junho de 2009
Caminho
OS CAMINHOS QUE SIGO
NÃO SÃO PARA DEIXAR RASTROS.
E SE ME ACABO, É CERTA A FESTA.
ABALOS SÍSMICOSEM MINHA ALMA, JÁ NÃO REPRESENTAM PERIGO,
OS MEDOS NÃO SÃO EM MIM, NEM ME FIGURAM MAIS.
ANDO SOZINHO
ARRASTO MINHAS CORRENTES,
SER LIVRE, É ESTAR PRESO À VONTADE DE NÃO ESTAR PRESO.
ABRAÇOS, SÃO PARTES DE MIM QUE CONDENO, SÃO SEMPRE DOTADOS DA VONTADE DE REPETIR.
SOFRIMENTOS? CONGELEI-OS EM MEU FREEZER CHAMADO ESQUECIMENTO.
E JÁ NEM ME LEMBRO DO ROSTO QUE VIVI NO PASSADO.
O PASSADO? NÃO VOLTA, NEM FALTA FAZ.
QUERO PRESENTEAR-ME COM O HOJE.
O AMANHA? VAZIO.
ABRI VAGAS EM MEUS DIAS.
(Dan)
Academia
Castor
"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada e me respeitar." (Clarice Lispector)
quarta-feira, 20 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Lélia
Ele, que tão pouco ri, sorria descaradamente com os olhos.
Disse-me alguém: Ele diz isso pra todas!
Mas, pra mim, disse um pouco mais...
Disse para além do que gostaria
Disse sem precisar dizer nada.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Somewhere over the rainbow...
"Será que, à medida que você vai vivendo, andando, viajando, vai ficando cada vez mais estrangeiro? Deve haver um porto." Caio Fernando Abreu
sábado, 9 de maio de 2009
Aplicando a lei
terça-feira, 5 de maio de 2009
A vida como ela é...
“... o discurso amoroso é hoje de uma extrema solidão. Tal discurso talvez seja falado por milhares de sujeitos, mas não é sustentado por ninguém…”. (Fragmentos de um discurso amoroso - Roland Barthes)
"Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas." (Caio Fernando Abreu)
domingo, 3 de maio de 2009
Luva de pelica
Duas senhoras, idade de fato avançada, paradas com a pressa das pessoas, a velocidade dos carros, a modernidade que não permite olharmos para nada que não seja máquina, tentavam também, creio eu que sem sucesso já há alguns minutos. Elas ali, perdidas na temporalidade de outra época, enclausuradas pela condição da tecnologia que o corpo e mente já não acompanham.
Havia também uma família, nuclear demais para os moldes da exclusão: pai, mãe e filho, maltrapilhos, maltrajados, daqueles que a maioria dos que dirigiam rapidamente e impediam a passagem, ou até mesmo aquelas senhoras desviariam se na mesma calçada estivessem. Considerados sem dignidade, sem educação, enfim, incluídos apenas na falta, nas vulgarmente nomeadas carências; carências criadas pela normatização, pela moral que determina como, onde e por quê.
Pois, aquele homem a quem tanto falta, num ímpeto de indignação e cavalheirismo nunca antes visto por mim, foi para o meio da rua e parou os carros com seu corpo tão sem valor produtivo, e gentilmente convidou as senhoras a atravessar, segurando ali com sua mão, que não é de obra, provavelmente, pela sua condição de provável desemprego formal.
Eu ali com meu corpo inserido, com meus trajes modernos e da moda, com meu discurso acadêmico não fui capaz de fazer isso, aliás, nunca nem me ocorreu tal ato.
Enquanto eu faria um memorando, uma denúncia reivindicando condições ou um semáforo, ele transformou a indignação em ato e se mostrou mais cidadão que qualquer um de nós.
Aquele homem com sua pouca instrução formal tem em seu corpo a ética inscrita, porque ele a vive. A carência é de quem?
E ao chegar do outro lado da calçada, a vida voltou a ter sentido e os olhos brilharam, com algumas lágrimas que tentaram também me atravessar, mas, admito, não deixei... há excessos demais em mim e na minha rotina para que elas pudessem cair.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Aquaplay
... há enchentes na alma, mas há almas e corpos que precisam de nascentes...
Auto escola, urgente!
I had to escape
The city was sticky and cruel
Maybe I should have called you first
But I was dying to get to you
I was dreaming while I drove
The long straight road ahead,
Could taste your sweet kisses
Your arms open wide
This fever for you is just burning me up inside
I drove all night to get to you
Is that alright
I drove all night
Crept in your room
Woke you from your sleep
To make love to you
Is that alright
I drove all night
What in this world
Keep us from tearing apart
No matter where I go I hear
The beating of your heart
I think about you
When the night is cold and dark
No one can move me
The way that you do
Nothing erases the feeling between me and you
I drove all night to get to youIs that alright
I drove all night
Crept in your room
Woke you from your sleep
To make love to you
Is that alright
I drove all night
Could taste your sweet kisses
Your arms open wide
This fever for you is just burning me up inside
I drove all night to get to you
Is that alright
I drove all night
Crept in your room
Woke you from your sleep
To make love to you
I drove all night... to hold you tight
Assim caminha a humanidade...
Here we are hanging' on to strains
Of greed and blues
Break the chain and we break down
Oh, it's not real if you don't feel it
Unspoken expectations
Ideals you used to play with
They've finally taken shape
What's good enough for you
Is good enough for me
It's good enoughI
t's good enough for me
Now you'll say you're starting' to feel
The push and pull
Of what could be and never can
You mirror me stumbling' through those
Old fashioned superstitions
I find too hard to break
Oh, maybe you're out of place
What's good enough for you
Is good enough for me
It's good enough
It's good enough for me
sábado, 18 de abril de 2009
Ad continum
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção
O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai
E após se pôr
O sol renasce no Japão
Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz a vida ouvi dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção
E o meu lugar é esse
Ao lado seu, meu corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite as quatro estações
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção
E o meu lugar é esse
Ao lado seu, no corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite as quatro estações
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros
Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros
Sem direção
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Adicta
Meu coração não sabe qual a direção,
o rumo que vai me guiar
mil encantos tem o mundo
meu coração tem lá sua razão,
não quer mais sofrer em vão
quer resolver em um segundo
Solidão, parceira de mil noites
minha tábua de salvação
qual palavra que dá nome?
que retoma minha atenção
completamente impaciente
esperar você chegar
sou resistente, mas sigo em frente
pra onde eu possa descansar tranquilo
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Ocupado
O cansaço faz com que tudo pareça pior ou se ameniza tudo na maioria do tempo e quando chegamos ao limite não há mais disfarces?
Ah... cansei... bjnãomeliga...
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ensaio sobre a cegueira, a mudez e a surdez
Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)
Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?
Diria mudo tudo o que faz
Minha vida anda de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é oco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não
Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Identidade
As mina de Sampa são branquelas que só elas,pudera!Praia de paulista é o Ibirapuera.
As mina de Sampa querem grana, um cara bacana,de poder!Um jeito americanês de sobreviver.
As mina de Sampa são modernas, eternas dondocas!Mas pra sambar no pé tem que nascer carioca.
Tem mina de Sampa que é discreta, concreta,uma lady!Nas rêivi ela é véri, véri krêizi.
Eu gosto as pampa das mina de Sampa!
As mina de Sampa estão na moda, na roda, no rock,no enfoque!É do Paraguai a grife made in Nova Iorque.
As mina de Sampa dizem mortandeila, berinjeila,apartameintu!Sotaque do bixiga, nena, cem pur ceintu.
As mina de Sampa conhecem a Bahia, por fotografia,que natureza!Toda menina baiana vive na maior moleza.
As mina de Sampa dão duro no trampo, no banco,mãos ao alto!Ou dá ou desce ou desocupa o asfalto.
Eu gosto às pampa das mina de Sampa!
sábado, 4 de abril de 2009
Achados e Perdidos
Me perdi!
Perdida em mim...
Quem sou? Quem fui? De onde vim?
Me lembro vagamente...
Frases soltas, posturas vãs
Quase sem sentido, tudo muito vago.
Vago agora sem rumo, sem direção
Nem o vento me acompanha
Sem mim, já não me servem os documentos
Perdi a hora, perdi o chão
Um trem pra qualquer lugar
Desde que com um enorme vagão.
Afinal, qualquer lugar já é uma direção
Mas, não com qualquer um...
Ainda que tenha perdido a vaga, acho que me encontrei.
Perder-me em mim foi meu maior achado.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Sad but true...
Hino! Lema! Sentido da vida ultimamente...
segunda-feira, 30 de março de 2009
Uma verdade incoveniente
Tears Of The Dragon - Bruce Dickinson
For too long now, there were secrets in my mind
For too long now, there were things
I should have said
In the darkness,
I was stumbling for the door
To find a reason, to find the time, the place, the hour
Waiting for the winter sun and the cold light of day
The misty ghost of childhood fears
The pressure is building and I can't stay away.
I throw myself into the sea
Release the wave
Let it wash over me
To face the fear I once believed
The tears of the dragon for you and for me
Where I was, I had wings that couldn't fly
Where I was, I had tears I couldn't cry
My emotions, frozen in an icy lake
I couldn't feel them until the ice began to break
I have no power over this, you know I'm afraid
The walls I built are crumbling, the water is moving,
I'm slipping away.
terça-feira, 3 de março de 2009
Refúgio
Caio Fernando Abreu - O Inventário do Ir-remediável
segunda-feira, 2 de março de 2009
Refugiada
EM - TO - DA - PAR - TE
PARTIDA.
NA IDA
PERDIDA
LAÇADA
DESPE-SE
DESPEDAÇADA
DESPEDIDA
FUGA! IMEDIATA!
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Nós
Distância concreta entre 2 pontos
Fragmento
Espaço no tempo, recorte apontado
2 pontas
que agora se encontram, entrelaçam
Se apertam.
Insuficiente, meio se soltam
Retomam o traçado, num novo enlace
Se juntam, se separam
Agora apertado
Parecendo seguro, sufocam.
Entremeadas no espaço, duas pontas se olham
Repetição, encadeamento
série de movimentos.
A reta se esvai.
Pedaços truncados, nódulos.
A união circular, a reta, o trajeto só se retomam no desatar
Por hora, impedida por nós.
PS: Para o André, pela grande sacada!
Trorion
Achava esse discurso etéreo demais, quase metafísico. Como posso me sustentar em efemeridades, fantasias, idéias fugazes e fazer delas meu norteador?
Sabia-me cheia de novos sentidos, uma usina contínua deles, algo devia ter de muito errado aí... Delírio? Patologia? Déficit?
Percebi que mais do que sonhar, executo projetos, sonhos com propósitos, metas que saem da planta e vão se materializando por mim, em obra intensa, mas, sem pressa
Mais que sonhar acordada, prefiro acordar, diariamente, para a vida.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Didática
E como todo objeto que se consome, ele vai se tornando gasto, velho, vamos enjoando dele, por isso a separação e, muitas vezes, a traição sempre acontece, de alguma forma. É retroalimentar.
A partir daí, também acho que se o outro É MEU, ele tem que ser aquilo que quero, e não a essência do que ele é, o que incorre em ciúmes, obrigações.
Logo, o sentimento se vai, e vem as regras. E, onde há regra, vamos mesmo burlar.
Para dar conta disso, criamos umas "mentirinhas" lindas, mas perversas, como o amor incondicional materno e o amor romântico, que, aprisiona quem sente e gera a inadequação e a patologia para quem percebe que é irreal; mantém a sociedade de consumo funcionando com os cidadãos de bem.
Por isso, quero algo, sem patente, sem regra, mas, que de fato seja a essência do que tem que ser, do tempo que der conta de poder e querer ficar.
É isso.
PS: é mera coincidência, mas bem a propósito, a postagem no Valentine´s Day!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
É nóis!
Acredito no movimento.Penso que as ondas de violência que temos hoje seriam maiores e mais impactantes caso o movimento HIP HOP não tivesse emergido.
Ele trouxe a voz calada das ruas, dos guetos, a (re) construção de uma identidade negra, mas, também pobre, trouxe a possibilidade de subjetivação para além dos centro urbanos, para além do padrão Globo de qualidade. A subjetivação da margem, da periferia, o que a gente não vê quando desliga a TV.
A fala entrecortada pelos sons dos scratchs que destoam do encadeamento, mas complementam, a crônica da vida dura, concreta que ganha ritmo, cadência sem simbolismos ou metáforas; as imagens distorcidas , mas carregadas de cores dos grafites, de signos muitas vezes não codificados que somos obrigados a nos confrontar nos muros das ruas. Não querem nos olhar, mas a montanha veio e está aqui.
O movimento dos B-Boys que emprestam seu corpo para malabarismos, diriam uns, contorcionismos, diriam outros, mas que trazem em sua dança a marca da diferença.
A diferença do molejo, do ritmo, da habilidade que se tem que desenvolver ao longo da vida de privações, vida de renúncias, vida de exclusões.
Peça licença e entre na roda, mas ali dá sim para saber quem é quem. É como se, através do movimento, nos dissessem: É, mas isso vocês não fazem, e se fizerem não é como nós!
Nós que utilizamos as imagens, fomos engolidos pela cinestesia da dança, a visibilidade dos grafites, o som abafado que não se barra nos carros escuros.
Só para contrariar as estatísticas da ciência das elites, fizeram melhor! Sem maldade...
sábado, 3 de janeiro de 2009
Você tem sede de quê?
Na sacada do prédio Marcelino provocava inveja. Verde, vistoso, tão equilibrado em sua beleza que parecia o mesmo desde que chegou ali. Marcelino era uma xaxim de plástico e tinha um selo “Made in China” logo abaixo do seu vaso.
Margarida, que sofria pela falta de água, aos prantos reclamou: “Você não tem raízes, Marcelino!”. O polímero sintético respondeu: “Não possuo, mas tenho meus próprios sintomas”.
Margarida engasgou, ensaiou algumas palavras, gaguejou e, por fim, desistiu de dizer alguma coisa. Marcelino sorriu e entregou para a vizinha o cartão de um terapeuta.
(Alex)