domingo, 7 de junho de 2009

Academia

"E são também as próprias angústias do pesquisador que igualmente o movem para querer entender as leis das manifestações humanas. No mundo somos nós a portar uma angústia por recusarmos ser o que somos, por estarmos sempre nos recusando a deixar as coisas como estão, enquanto uma perene ansiedade nos faz pensar, atravessar os caminhos, enfim, criar. O homem, sentindo-se incompleto e perturbado, torna-se inconformado, seu pensamento vai a passos próprios e faz nascer a criatividade, enquanto o pesquisador-cientista alcança um modo de hipertrofiar o pensamento e ser criador. Quem está contente com entendimentos sobre as coisas do jeito como se nos apresentam, não formulará hipóteses, não buscará respostas, não reinventará conhecimentos, não criará grandes coisas: somente os existencialmente angustiados e ansiosos, feliz ou infelizmente, são levados a ser deste modo criativos e poderão ser verdadeiramente cientistas” (Turatto, 2003:252)

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