Venho manifestar meu repúdio a atitude social de discriminação ao movimento punk.
Desde de sua criação, o movimento vem sendo tratado com repulsa, como baderneiros e rebeldes “sem causa” (seráááá????), justamente por se contrapor a regras que asseguram papéis frágeis e sustentam o status quo.
Não por acaso, devido a uma prática aviltante, associou-se a imagem punk a tudo o que é desagradável e agressivo, codificado pela expressão: É PUNK!
Já é hora de um posicionamento, pois nem todo punk é baderneiro, nem todo punk é agressivo, nem todo punk é desagradável. Como em todo grupo há estes categorizados, porém o estigma traz a marca associada a este estilo de vida e posicionamento com relação ao mundo.
Aliás, os noticiários comprovam, a incidência deste tipo de comportamento em punks é muito menor que entre pit-boys, mauricinhos, agroboys, todos apreciadores de um estilo de vida/música: o FUNK!
Não, não falo do bom funk, com grooooove, sonoridade tão boa quanto a das bandas punks, mas do pancadão (olha o nome! Que violêêênciiiiaaaa!), aquele mantra carioca que gruda na cabeça sendo quase necessário a ingestão de boa música por via endovenosa ou uma incisão cirúrgica para tornar-se novamente um cidadão capaz de executar suas atividades diárias.
O punk, bem como “os mano” do rap, ataca apenas ao sistema em suas letras, enquanto que no funk somos presenteados com manifestações afetivas baseadas na fauna, desqualificando o melhor amigo do homem, além de descrições da vida sexual alheia com riqueza de detalhes, permeadas por práticas perversas, psicanaliticamente falando, persuadindo indefesas criancinhas em programas de auditório (alguém já viu criancinhas no pátio da escola ou em auditórios televisivos pogando ao som de Ramones? Mas, festas escolares com funk muita gente já viu... criança não tem malícia?? ahahuahuauhauh Vai fazer análise, depois a gente conversa...)
Sim, cada um vive sua vida como bem entende, porém não é possível concordar com estigmatizações e inverdades associadas a pessoas que nada tem a ver com o pato, enquanto que outros, gozam a vida em paz e liberdade por aí, descendo até o chão! Nem os pobre EMO, movimento pacífico e emotivo, goza de tamanho prestígio social (Calma, não choreem! Vai passar!)!
Ok, ok, pode-se ainda argumentar:
MAS, ELES PASSAM OVO NO CABELO!!!! BLARRRGH! Mas, é no seu cabelo? Saibam que muitos passam sabonete e fica cheirosinho... huuuuum!
MAS, ELES SE BATEM ENQUANTO DANÇAM!!!! MEU DEEEEEUUUUS!! Além de ser entre eles mesmos, tente dançar ao ritmo punk coladinho, como bolero, depois você me conta...
MAS, ELES USAM ROUPAS PRETAS, TACHAS, TATUAGENS, PIERCINGS... SOCOOROOO! Sim, mas devemos acordar que tatuagens e piercings já não são mais novidade pra ninguém e que o senso estético é muito melhor que os observados por aí, com peça que não oooorrrrrrna uma com outra... nem preciso dizer onde, preciso?
MAS... MAS... ELES BATEM EM METALEIROS E EMOS (Não choreeeem! É apenas uma suposiçãoooo!!)!! Bem... mas, aí.... e isso também não vem ao caso agora!
O que vem ao caso é que gostando ou não seja da música, dos adjetivos, sendo ou não um potencial contorcionista para o Cirque de Soleil descendo e subindo ou de saber como o fulano pega a fulana (sim, o fulano e a fulana, afinal, o funk não é um movimento politicamente correto. Já ouviu funk GLS?) SOMOS OBRIGADOS A ESCUTAR, nas ruas, nas lojas, no ônibus, nos estabelecimentos comerciais, em casa ao ligarmos a TV ou através do vizinho animadão.
Não há mais argumentos plausíveis que sustentem a conivência com a reprodução da expressão É PUNK! como algo terríveeeeel!!!! Não podemos mais nos calar!!!!
Dessa forma, o movimento PHCS (Punks, Hard Core e Simpatizantes) vem propor a instituição da expressão É FUNK! para toda e qualquer situação que cause ojeriza, repulsa, agressiva, de baixo nível, enfim, “disgusting” como bem temos visto representado por aí.
Hey Ho! Let´s go! 1, 2, 3, 4: ÉÉÉÉÉÉ FUUUUUUUNK!!!!!!!!!!
PS: Este post já existia. Foi atualizado devido a meu estado de choque ao conhecer um grupo de funk feminino "Gaiola das Popozudas". PROIBIDÃO! PROIBIDAÇO!!
Tipo, eu ainda não tenho opinião formada. Mas, inevitável ter certeza que o fim do mundo é logo ali!
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